Esforços de descrição e de regulamentação: concepções estritas de linguística

Provavelmente, a maior parte do trabalho feito atualmente sob o nome de linguística é puramente descritivo. Os seus autores estão procurando clarificar a natureza da linguagem sem usar juízos de valor ou tentar influenciar o seu desenvolvimento futuro. Há, também, alguns profissionais (e mesmo amadores) que procuram estabelecer regras para a linguagem, sustentando um padrão particular que todos devem seguir.

As pessoas atuantes nesses esforços de descrição e regulamentação têm sérias desavenças sobre como e por que razão a linguagem deve ser estudada. Esses dois grupos podem descrever o mesmo fenômeno de modos diferentes, em linguagens diferentes. Aquilo que, para um grupo é uso incorreto, para o outro é uso idiossincrático, ou apenas simplesmente o uso de um subgrupo particular (geralmente menos poderoso socialmente do que o subgrupo social principal, que usa a mesma linguagem).

Em alguns contextos, as melhores definições de linguística e linguista podem ser: aquilo estudado em um típico departamento de linguística de uma universidade e a pessoa que ensina em tal departamento. A linguística, nesse sentido estrito, geralmente não se refere à aprendizagem de outras línguas que não a nativa do estudioso (exceto quando ajuda a criar modelos formais de linguagem).


Lexema- parte da palavra ou palavra que possui uma significação lexical, que diz respeito ao vocabulário da língua, ao dicionário. Exemplo- pata (membro inferior dos animais, esta é uma definição lexical, referente ao mundo, encontrada nos dicionários comuns. Em –patas-, não há outra palavra, mas sim o mesmo lexema, a mesma palavra flexionada em número plural. Tipos de morfemas (radicais, prefixo, sufixo, alternativo, reduplicativo, homófonos ...) Estruturalismo, Gerativismo, Sociolinguística- o aluno precisa saber apenas os principais objetivos e fundamentos teóricos de cada área da lingüística, não é necessário que saiba todas as especificidades! Morfologia flexional e derivacional - deve-se saber o que diferença uma da outra, quais suas características e aplicações/ aqui sim é importante estudar as especificidades.

Especialistas em linguística não realizam análise literária e não se aplicam a esforços para regulamentar como aqueles encontrados em livros como The Elements of Style (Os Elementos de Estilo, em tradução livre), de Strunk e White. Os linguistas procuram estudar o que as pessoas fazem nos seus esforços para comunicar usando a linguagem e não o que elas deveriam fazer.

Divisões da linguística

Os linguistas dividem o estudo da linguagem em certo número de áreas que são estudadas mais ou menos independentemente. Estas são as divisões mais comuns:

  • fonética, o estudo dos diferentes sons empregados em linguagem;
  • fonologia, o estudo dos padrões dos sons básicos de uma língua;
  • morfologia, o estudo da estrutura interna das palavras;
  • sintaxe, o estudo de como a linguagem combina palavras para formar frases gramaticais.
  • semântica, podendo ser, por exemplo, formal ou lexical, o estudo dos sentidos das frases e das palavras que a integram;
  • lexicologia, o estudo do conjunto das palavras de um idioma, ramo de estudo que contribui para a lexicografia, área de atuação dedicada à elaboração de dicionários, enciclopédias e outras obras que descrevem o uso ou o sentido do léxico;
  • terminologia, estudo que se dedicada ao conhecimento e análise dos léxicos especializados das ciências e das técnicas;
  • estilística, o estudo do estilo na linguagem;
  • pragmática, o estudo de como as oralizações são usadas (literalmente, figurativamente ou de quaisquer outras maneiras) nos atos comunicativos;
  • filologia é o estudo dos textos e das linguagens antigas.

Nem todos os linguistas concordam que todas essas divisões tenham grande significado. A maior parte dos linguistas cognitivos, por exemplo, acha, provavelmente, que as categorias "semântica" e "pragmática" são arbitrárias e quase todos os linguistas concordariam que essas divisões se sobrepõem consideravelmente. Por exemplo, a divisão gramática usualmente cobre fonologia, morfologia e sintaxe.

Ainda existem campos como os da linguística teórica e da linguística histórica. A linguística teórica procura estudar questões tão diferentes sobre como as pessoas, usando suas particulares linguagens, conseguem realizar comunicação; quais propriedades todas as linguagens têm em comum, qual conhecimento uma pessoa deve possuir para ser capaz de usar uma linguagem e como a habilidade linguística é adquirida pelas crianças.